terça-feira, 14 de outubro de 2008

SIM E NÃO


Essa semana foi muito corrida, só hoje estou conseguindo postar. Além das minhas gravações também  fiquei envolvido com assuntos do disco Boa Hora de uma cantora muito bacana chamada Marisa Rotenberg, que será lançado pelo meu selo Pic Music. O CD foi produzido por Gastão Villeroy e Eugenio Dale e tem músicas de uma galera nova e antenada, entre eles, Domênico e Alvinho Lancelotti,  André Carvalho, Luciana Pestano e ainda os craques Zeca Baleiro, João Suplicy e João Pelegrino.  
Além do bom repertório,  os arranjos estão muito legais, com uma atmosfera bem brasileira e Marisa está dando muito bem o seu recado. O disco será lançado no dia 24 novembro com show no CCC (Centro Cultural Carioca) no Rio de Janeiro.  Fiquem atentos! Em breve dou mais notícias.

Vi que muita gente passou pela Câmera e comentou. Gostei das colaborações sobre as balzaquianas e proustianas. Samuel, não creio que esse texto sobre mulheres com mais de 30 tenha sido escrito por Arnaldo Jabor. Achei um pouco fora do estilo e do aprouch dele. Onde você achou esse texto?

Isso é muito comum de acontecer na internet. O Luis Fernando Veríssimo  falou que vários textos são publicados com sua assinatura e enviados por e-mail e que muitas vezes são até textos bons, que ele fica surpreso, mas que não têm nada a ver nem com suas temáticas nem com sua liguagem. 

Anna Luna você sempre enriquece as discussões. Gostei de seus comentários sobre homens e mulheres, a questão da adoção, a forma de aproveitar o tempo e seu pedido de delicadeza à ala masculina.  

E também o que você falou sobre Tolerância e Nada te Faltará, duas músicas que gosto muito. Sexta-feira, conheci pessoalmente o Lokua Kanza, maravilhoso compositor e cantor natural do Congo, com várIos discos lançados e que gravou os vocais de Nada Te Faltará no disco de Ana Carolina, ampliando os horizontes da canção, tornando mais evidentes seus múltiplos aspectos. Voltarei a falar de Lokua num próximo post.   Sobre Tolerância, quase colocamos essa canção no show Além do Paraíso e é fato que quando fiz a letra pensava muito nas linhas imaginárias e reais que desenhamos ao longo do processo civilizatório,  as fronteiras  étnicas, religiosas, econômicas e comportamentais.  Mas a canção também parece estar falando de um simples caso de amor o que lhe confere  mais de uma camada de leitura, estabelecendo uma comunicabilidade do raso com o profundo.

Sobre a Obra Aberta, a inspiração veio sim do livro de Umberto Eco, que em 1962 já lidava com a idéia de participação ativa do intérprete ou fruidor na construção final  de um objeto artístico. Segundo Eco, a obra de arte é aberta porque não comporta apenas uma interpretação. Com isso ele antecipava o conceiro de pluralidade, muito usado hoje, não só nas artes mas em diversos domínios. E, juntando um assunto com outro, foi a pluralidade que tomei como ponto de partida para Tolerância, pois, com a canção, queria dizer que precisamos aprender a lidar com o caráter multifacetado do mundo. Isso evidencia que até mesmo  uma  simples canção como essa, inscrita no universo  pop, é plural e pode ter várias interpretações. 

Mas Umberto Eco ia mais fundo, falava de obras em que o intérprete de uma peça musical podia determinar a duração de uma nota, por exemplo, o que faria dele um co-autor.
Ou então criar várias obras e deixar as possíveis seqüências a serem definidas por quem delas participasse como observador ativo. Esse foi um dos fatores que me levou a dar o nome Obra Aberta à sessão de músicas novas, pois as músicas vão sendo colocadas na rede e os visitantes do site podem montar o disco como quiserem. Vários artistas tiveram essa idéia ao mesmo tempo. Alguns divulgaram seus procedimentos de forma mais eficaz parecendo assim que eram os autores únicos de uma idéia que está no ar pedindo urgência. Imagino que milhares de músicos estejam fazendo isso no mundo, nesse momento. É mais que uma tendência, é um dos inventivos caminhos a serem percorridos com arte nesses novos tempos.

Voltando aos conceitos expostos por Umberto Eco, trabalhei bastante com trilhas de teatro nos anos 80 e 90 e, para muitas criações, tomava como base os princípios da Obra Aberta. Em alguns trabalhos, servia-me de vários gravadores tocando ao mesmo tempo coisas diferentes, dentro de uma relativa harmonia e, a cada dia, conforme o clima dos atores e da platéia, rolavam combinações diferentes de sons, música especialmente composta com cordas + ruídos, vozes, falas, às vezes acrescentava um teclado executado ao vivo, criando texturas diversas, aumentando a entropia, relativizando a percepção do público. 

Nessa época, junto com o ator e diretor Marcos Barreto (que saía naquele momento do grupo de Gerald Thomas depois de anos de experiência na Ópera Seca) montamos com outros atores o espetáculo Sim e Não, que tratava de temas como a incomunicabilidade, a loucura, a alienação e a criatividade, dentro de um ambiente de realismo fantástico, mirando as obras de artistas como Bispo do Rosário, Van Gogh, Artaut, Nerval, Becket e Borges, entre outros. Nossas motivações buscavam fundamento na psicologia Junguiana e na física quântica onde as respostas são sempre Sim e Não. Uma das melhores apresentações desse show foi na abertura de um encontro latino americano de psicologia que houve em Porto Alegre, com debate dos participantes depois do espetáculo. Foi muito interessante escutar as diferentes interpretações que surgiram daquela platéia tão seleta. Ficou claro que entre Sim e Ñão pode haver muito mais do que um simples talvez.  A partir daí comecei a colaborar com alguns psicólogos, ministrando work shops e atuando no movimento  Sociedade Sem Manicômios
Portanto, Sim e Não foi até hoje a minha experiência mais completa de "Obra Aberta".
Pra quem se interessar, há algumas imagens desse espetáculo nas páginas de fotos do site. 


Voltando à sessão  Obra Abierta,  lá a conotação é também de acompanhamento, de deixar um trabalho aberto à visitação enquanto está sendo concebido e executado: um work in progress. É engraçado porque pensei primeiro em português, mas,  quando a tradutora enviou a opção Open Work, não achei que soava tão bem como nas línguas latinas e me pareceu que em inglês não havia uma identificação tão direta desse termo com a "obra" de Eco, que é italiano. Open Work parece trabalhar mais com a idéia de sistemas, de computador, de open sistems, coisas assim. Por isso optei por colocar, na versão em inglês do site, a expressão work in progress que é realmente o que estamos fazendo, junto com a participação do público. 

Como Anna Luna observou, essa sessão entrou no meu site no final do ano passado. E, respondendo à sua pergunta, não me surpreendi quando  Caetano Veloso apresentou, esse ano, um projeto  com o nome  de Obra em Progresso, pois esse título é uma simples tradução para o português de work in progress, uma expressão utilizada para obras em andamento e que Caetano certamente deve conhecer e utilizar há muitos anos.  Como já falei, essas idéias estão no ar e em total evidência nos dias de hoje, principalmente pra quem lida com internet e trabalha com música.  

Quem reclamou que ainda não fiz upload de Ouro e Além do Paraíso tem toda razão. Até semana que vem devem estar no ar.

Em novembro vou retomar o show Além do Paraíso. Estaremos no dia 4 no Tom Jazz, em São Paulo,  dia 12 no Mistura Fina no Rio e dia 19 no Opinião, em Porto Alegre. Em todos os casos tiraremos as mesas e deixaremos uma pista na frente do palco, como fizemos no Espaço laranja em setembro. O show é pra ouvir e dancar. 
Mais informações na agenda do site.

Fiz uma pausa para assistir ao programa do Gabeira, que está muito bonito. O mais incrível foi ver o Oscar Niemeyer junto com ele e as palavras que disse o nosso mais importante arquiteto. Quem ainda está indeciso, fique atento aos programas e debates. Eu não tenho dúvidas, Gabeira é o cara mais preparado e com as melhores intenções pra mudar o Rio de Janeiro pra melhor! Bem melhor!!!!

Por hoje é só.
Vou escrever menos pra ver se volto a escrever mais a miúde.

Abraços e boa semana a todos


PS> A foto é do disco de Marisa Rotenberg


Em tempo: 

O disco Devoragem de Bebeto Alves pode ser encontrado no Rio na loja Modern Sound:   www.modernsound.com.br

 O  livro Noiva de Renato Rezende foi publicado pela editora Azougue:  http://www.azougue.com.br/produto/89/



 

23 comentários:

Anônimo disse...

i think you add more info about it.

Fernanda Garcia disse...

Po vai ter show no opinião em POA(ñ vou poder ir)...Bah Villeroy,teu blog ta mtoo legal...Parabéns e bons shows.

BeijO.

Juliana!!! disse...

Villeroy!
Adorei que teremos Pista no Tom Jazz! Até entendo que hoje a tendencia é Mesa e Mesa... Mas Música é emoção! Movimento! Sentimento.... O corpo demonstra tudo isso, entao nada melhor que movimentá-lo no intuito de sentirmos tudo que a Musica pode nos proporcionar!
Nós vemos lá! Sentada e dançando hehe
Bjos
Juliana

Unknown disse...

Fala Tonho, show de cultura como sempre o teu blog.
Tem algum lugar onde posso conhecer Marisa Rotenberg na internet claro pois quase nem consigo andar e todo dia acho que o baby vai nascer...
Show no Mistura Fina é tudo de bom, aconchegante... mas com certeza nãp poderei ir...
E quanto ao Gabeira, temos a mesma opinião e estou na torcida e vou fazer uma forçinha para votar no dia 26...
Enfim, bjs

Anônimo disse...

Antonio,
Não consegui achar o verdadeiro autor da crônica sobre as mulheres de 30.Olha esse texto que ele escreveu(esse eu tenho certeza que é dele,rs).Eu esqueci que internet é terra de ninguém.

Em trilha de paca, tatu caminha dentro


Arnaldo Jabor

Hoje não tem estilo, não tem capricho, não tem figuras de retórica; nada de metáforas, metonímias, catacreses ou aliterações chiques como: “Rara, rubra, risonha, régia rosa!” ou “Na messe, que enlourece, estremece a quermesse”.

Hoje vai tudo em bruto, em rascunho, porque descobri na internet que sou uma besta quadrada mesmo (dirão meus inimigos: “Finalmente, ele se encontrou...”). Eu tenho traçado mal traçadas linhas há 13 anos (gente... eu escrevo em jornal desde 1991!...) numa média de 60 artigos por ano, o que totalizaria 780 artigos caprichados, e descubro aterrado na internet que sou um animal, um forte asno. Explico por quê.

Ando pela rua e as pessoas me abordam: “Adorei o seu artigo que está circulando na internet! Maior sucesso!” Pergunto, já com medo: “Que artigo?” “Esse texto genial que você escreveu e que todo mundo me mandou. Chama-se ‘Bunda Dura’”.

Imediatamente, sinto-me irreal: “Eu sou eu, ou sou outro?” Por um instante, penso que tenham renomeado algo que escrevi, mas respondo: “Não fui eu quem escreveu esse texto!” Digo isso envergonhado e vagamente agressivo para a pessoa, que logo replica: “Puxa!... mas o texto é otimo, adorei o ‘Bunda Dura’!” Aí, não agüento e digo: “Você acha que eu ia escrever uma bosta dessas?” Aí, o admirador do texto apócrifo, o fã de um Jabor virtual se encolhe meio ofendido, flagrado em sua desinformação: “Mas... tem coisas legais...” E eu, implacável: “É uma bosta!” Aí, o sujeito sai sorrindo amarelo e vira meu inimigo para sempre.

Vejam o efeito da burrice “serial”: um burro me falsifica, um outro gosta e quem paga o pato sou eu. E fico mais invocado ainda porque capricho muito quando escrevo nos jornais, vocês nem imaginam. Considero o jornal um suporte genial, pois somos lidos por milhares toda semana e podemos falar do mundo ainda quente, sem a busca por transcendências perdidas, tanto assim que, se eu fizer um romance ou um poema épico em 11 cantos, tentarei escrever com a simplicidade leve que busco em meus pobres artigos. Mas o que realmente me encafifa é ver um clandestino simulando o que eu tenho de pior e também porque sou amado pelo que não sou.

Esse texto da “Bunda dura” está famoso. Toda hora alguém me elogia. Há trechos assim:

“Tenho horror à mulher perfeitinha. Sabe aquele tipo que faz escova toda manha, tá sempre na moda e é tão sorridente que parece propaganda de clareamento dentário?

E, só pra piorar: tem a bunda dura!!! Mulheres assim são um porre. Pior: são brochantes!”

Aí, a admiradora de bunda caída repete, feliz: “Adorei!”.

A primeira vez que saiu um troço desses (vou escrever de qualquer jeito...) eu encuquei, fiquei na maior bronca e esculachei o carinha que “me tinha metido nessa canastrice” (sacaram os cacófatos?), pois o dito texto esculhambava a linda amiga Adriane Galisteu. Companheiro leitor, (serei chulo) tu num sabe o bode que essa parada deu, por causa que o elemento apocrifador era um coleguinha jornalista que publicara aquilo num outro jornal, que eu não sabia. Caí de pau no cara e isso me meteu num “cu-de-boi” chato pra cacete e tive de escrever outro artigo para me explicar para a Adriane.

Outros textículos rolam na internet. Chega a menina sorrindo pra mim: “Rapaz... finalmente alguém diz a verdade sobre as mulheres na internet! Mandei isso pra mil amigas, principalmente naquela parte que você diz: ”Elas são tão cheirosinhas... elas fazem biquinho e deitam no teu ombro...“ ”Não escrevi isso...“, respondo. ”Não seja modesto! É a melhor coisa que já fez!... Olha só essa parte em que você diz: “Elas têm horror de qualquer carninha saindo da calça de cintura tão baixa que o cós acaba!”...

Eu jamais escreveria “cós acaba!”. “Nem vem... é teu melhor texto...” — e vai embora rebolando feliz...

E não publicam só textos safadinhos, mas até coisas épicas, como uma esplendorosa “Ode aos gaúchos” que eu teria escrito, o que já me valeu abraços apertados de machos bigodudos em Porto Alegre, quebrando-me os ossos: “Ché, tua escritura estava macanuda, trilegal!” Eu nego ter escrito aquele ditirambo meio farroupilha aos bigodudos, mas nego num tom vago, para não ser esculachado: “Tu não escreveste? Então tu não amas nossas prendas lindas, e negas ter escrito aquele pedaço em que tu dizes ‘que a gente já nasce montado num bagual’? Aquilo fez meu pai chorar, e o pedaço em que falas que ‘por baixo do poncho também bate um coração’? Tu tá tirando o cu da reta, ché?” — e me aponta o dedo, de bombachas e faca de prata. “Não fui eu, não, mas... viva o Olívio Dutra!...”

E há mais. Um deles é sobre “Amores mal resolvidos” onde acho frases profundas como “Você sabe, o amor acaba.” Ou “dor-de-cotovelo é quando o amor é interrompido antes que se esgote”... E há um outro chamado “Crônica do amor louco”, onde leio “pálido de espanto”: “O amor não é chegado em fazer contas...” ou “quando a mão dele toca tua nuca, tu derretes feito manteiga” ou “Ah... o amor, essa raposa...”

Sei que outros escritos fantasmas virão, mas saibam que só existo mesmo nas páginas dos jornais onde tenho coluna pelo país afora e que a internet é um deserto virtual, sem chão, onde as individualidades se dissolvem e eu viro um nome sem corpo...

Por isso, vou dar um conselho aos meus ghost-writers : Sejam vocês mesmos! Apareçam na internet, bloguem-se , orkutem-se , spamem suas almas líricas, sem receio ou pudor. Lembrando-me daquele japonês chamado Aki Sujiro, eu aqui sugiro alguns teminhas, para vocês glosarem.

Aqui vão: “Tudo sobre minha mãe”, como no filme do Almodóvar, ou “Confissões de um menino no porão ou o dia em que dei num troca-troca”, ou até um texto de cunho mais folclórico e regional: “Em trilha de paca, tatu caminha dentro?”

Não temam, rapazes, não se escondam — expressem-se!

GLOBO ON-LINE - 22 de julho de 2004

Abração!

Camilinha Ribeiro disse...

Totonho meu gato (desculpa a intimidade rsrs)
Blgo cada dia mais lindu, pena que não ira vir a Curitiba, Curitibanos iam adorar sua visita aqui...mais quem sabe um dia né:) t adoro

Anônimo disse...

Grande, Antônio!

Gênio!


Maravilhoso o Blog, assim como sua voz e suas canções.
Vem cá, quando você fará um show em Niterói/RJ, héin!? rs
Aliás, você e dona Ana Carolina... rs

Abraços e parabéns pelo espaço! ;]

Belle disse...

Oi Totonhooo!!!! Poxa, já estava sentindo sua falta!! Fico sempre ansiosa esperando o próximo post!! E como sempre...tudo de bom o seu post, sempre com boas dicas! O melhor de tudo foi ler que você estará de volta ao Rio com show no mistura fina...minha presença é garantida!!!rsrs...
Espero ansiosamente!
Beijos e até o próximo post.
Isabelle.

Fabiana. disse...

Explorar talentos era meu passatempo onde trabalhei por um tempo. Acha que se eu visse algo que nunca tinha escutado não iria colocar de imediato no som geral? O que era estratégia de venda acabou sendo uma forma de 'mergulhar' entre letras e arranjos e a saber mais e mais pra mim mesma.

Muito bom saber que vai estar no Rio novamente, pertinho de onde moro, rs.

Lendo cada parágrafo fica até difícil colocar um contra-argumento nas suas palavras.

E quanto a Gabeira, só nos ecos nas vozes dos adolescentes saindo pelas ruas hoje, indo em direção à praia (recesso do dia dos professores).

Por tal é só caro Antonio. Beijos.

Anônimo disse...

Não resisti. Tenho que lhe mostrar isto...


Garganta - Versão Nerd


O meu dedo estranha quando eu não conecto
Me dá um desejo enorme de teclar
O meu dedo arranha o mouse e o teclado
E o modem aqui do lado nao para de piscar.
Vem a madrugada pra aliviar a conta
Como um nerd tonto me ponho a teclar
Atravesso o monitor e reviro pelo avesso
Minha torre e a impressora até conectar.
Fui parar nessa mircagem por força das circustancias
Quando eu era criança só sabia navegar
Aprendi a te deixar na minha
E se o tel tah dando linha é hora de conectar.


aff

Paula Estrela disse...

Antônio,

Acabei de assistir uma entrevista de uma jovem cineasta - Carla Gallo e sua obra - "O Aborto dos Outros". Interessantíssimo, pois cuidadosamente, ela nos tira da "zona de conforto" nos levando a reflexões dolorosas sobre o tema e nossa própria condição humana...

Aí me deparo com seu SIM E NÃO e seus comentários sobre "obra aberta" .
Não pude deixar de pensar que cada pessoa é uma "obra aberta" ( se assim se permitir). Sábio aquele que consegue agregar idéias ao longo do seu diálogo com o mundo.

Esse processo criativo deve ser trabalhoso e ao mesmo tempo imensamente prazeroso. Não é mesmo? Deveríamos fazer isso o tempo todo com nossas vidas...essa interação positiva e produtiva deve, no mínimo, produzir pessoas melhores.

E não é que TOLERÂNCIA vem e arremata meu comentário:

"Não me importa a sua crença
Eu quero a diferença
Que me faz te olhar
De frente"

E agora indo embora mesmo:

"A diferença entre a maioria dos homens e eu, reside no fato de que em mim, as 'paredes divisórias' são transparentes. É uma particularidade minha. Nos outros, elas são muitas vezes tão espessas, que lhes impedem a visão; eles pensam, por isso, que não há nada do outro lado. " C. Jung


Sucesso infinito, sempre!!!

Bjos.

Kate Ramalho disse...

Já que vai ter show em São Paulo
podia ter também em Curitiba. Poxa, né seu Antonio?!!

Anônimo disse...

Antônio,
Você comentou sobre Lokua Kanza,e eu me lembrei qua ano passado no festival Tim Tambores(um evento maravilhoso que acontece todo ano aqui em BH)ele fez um show junto com o Maurício Tizumba,um show espetacular,lindo...lindo...

Obs:Comenta mais sobre o seu selo.
Beijo grande e sucesso sempre!

Anônimo disse...

Villeroy

muito bacana o seu blog. Esse livro do Umberto Eco parece ter influenciado o monte de gentes aqui no Brasil, como os irmãos Campos, Décio Pignatari, Ferreira Gullar, entre outros.

Gostei dicas de música e de leitura.Vou procurar.
Beijos e tudo de bom pra você!

Anônimo disse...

Os vocais de Lokua Kanza na música Nada Te Faltará são muito bonitos mesmo.
Fazem pensar nesses personagens descritos na música. Um grito de desespero, um pedido por melhores dias. Entrei no site dele. Bem legal!

Seu post está cada vez melhor. Muito interessante sua abordagem sobre a Obra Aberta. Esse show SIM e NÃO deve ter sido demais! Adorei as fotos! Mas não entendi uma coisa, você falou em atores, mas não falou em músicos. Era uma peça, uma performance, um musical?

Quando você falou de vários gravadores ao mesmo tempo, lembrei de John Cage, que fazia experimentos com vários sons tocados simultaneamente, às vezes incluindo sons de eletrodomésticos em funcionamento. Você conhece o trabalho dele?

Adorei participar do papo.
Beijokas e tudo de bom.

PS> Ah! Adorei suas versões para Garganta e Sinais de Fogo. Prima do Ciúme também é linda demaisss!!!

Anônimo disse...

seu blog é uma aula de cultura total amo d+ beijos

Hannaly Oliveira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Camilinha Ribeiro disse...

TOTONHO....
GANHEI SEU DVD DA MINHA NAMO, AMEIII VIU PARABENS, T ADORANDO MAIS E MAIS AINDA!!!!!!
BJUS MEU GATO!!!!

Fabiana. disse...

ah quando vier tocar no mistura fina faz aquela lista que voce fez no hideaway, ali vai ser disputado um lugar, rs. falei de voce a minha mae ela parece ter gostado. vou ver se dou um empurraozinho pra ela ir comigo. preciso sair, meu sinal dos tempos anda "vermelho" - totalmente parado...
bjo.

Anônimo disse...

Muito bom site e blog. Achei que so haveria amenidades mas tem tambem consistencia. Bravo!

Hannaly Oliveira disse...

Antonio, podias falar mais da Marisa Rotenberg, adoro saber dessa galera nova da música! Eles têm muito a mostrar e eu, muito a aprender! :)

Adoro quando você fala das composições, da história e de sua intenção ao compor! Me ajuda a entender e sentir muito mais a canção!

Mistura Fina? Até me animei, resta saber se eu entro. Pirralha é um problema sério..

boa noite!
adoro vc ♥

(Se puder de uma passada lá no h-sya e diga aqui o que pensas sobre o que aconteceu em Santo André. Postei lá minha opinião.)

Baisers, querido!

Unknown disse...

Olá,boa noite.Gosto muito do seu trabalho mas ainda não tenho seu cd e nem o dvd.Vou me dar de presente este mês de janeiro que está entrando.Adorei seu comentário sobre a idiota abstinência na votação para prefeito no RJ.Eu voto em Niterói e votei no Jorge Roberto esperando um bom governo.Se eu votasse no RJ com toda certeza eu votaria no Gabeira.
Beijos e muito sucesso !

bel disse...

Oi Totonho!!!
Teu blog está maravilhoso!
Qdo farás show em Porto Alegre?
Os gauchos estao com saudades..
Abraços !
Td de bom!