segunda-feira, 5 de julho de 2010

AS CANÇÕES DE JOSÉ 1: OURO







A partir de hoje vou publicar algumas letras do CD José para conversarmos um pouco à respeito de  suas formas e conteúdos.
Como já disseram alguns poetas, os poemas são finalizados pelos leitores. Cada pessoa que os lê vai intuir, inferir e vislumbrar significados que muitas vezes nem mesmo os autores imaginaram ou pretenderam conscientemente.
Uma canção segue os mesmos princípios, só que acrescentando aos ritmos e fonéticas das letras os desenhos melódicos que as completam em som e sentido.
Outro dia um seguidor do twitter fez uma nova leitura de um trecho da canção Pra Rua Me Levar.
Onde está escrito:    "ver a cidade se acender" ele também ouviu "veracidade se acender"
- é vero!
Para começar essa série de conversas sobre as canções, proponho que examinemos a letra e a música de  Ouro.
Quando pensei em compor essa canção, pensei primeiro no tema que queria desenvolver e solicitei textos em prosa sobre o assunto a três caras que são muito bons de caneta, Bebeto Alves, Jorge Mautner e Nelson Coelho de Castro.
Cada um deles deveria discorrer sobre o ouro, sem preocupar-se com rimas, ritmo ou cadência, apenas colocar no papel o que lhes viesse à cabeça ou que fosse fruto de alguma pesquisa. Assim como eles, também me incumbi de escrever um texto seguindo os mesmos princípios, buscando algumas coisas em livros, no Google e puxando pela memória.


Do texto de Mautner aproveitei a palavra eldorado, que abre e fecha a música. Pode parecer uma colaboração pequena, mas é definitiva, pois Eldorado é mais do que um lugar onde se encontra o ouro (em espanhol El Dorado), é um lugar sonhado, das imaginações quinhentistas, quando as Américas começaram a ser colonizadas pelos europeus.
Segundo a Wikipedia, "o Eldorado é uma antiga lenda narrada pelos índios aos espanhóis na época da colonização das Américas. Falava de uma cidade cujas construções seriam todas feitas de ouro maciço e cujos tesourosexistiriam em quantidades inimagináveis.
Acreditou-se que o Eldorado fosse em várias regiões do Novo Mundo: uns diziam estar onde atualmente é o Deserto de Sonora no México. Outros acreditavam ser na região das nascentes do Rio Amazonas, ou ainda em algum ponto da América Central ou do Planalto das Guianas, região entre a Venezuela, a Guiana e o Brasil (no atual estado de Roraima). 

O fato é que essas são algumas — entre as várias — suposições da possível localização do Eldorado, alimentadas durante a colonização do continente americano. 

Apesar da lenda, muito ouro e prata foram descobertos nas Américas, em territórios como o Alto PeruSudeste do Brasil (Minas Gerais) e nas regiões onde viviam as civilizações aztecainca e maia.

O termo Eldorado significa O (homem) dourado em espanhol; segundo a lenda, tamanha era a riqueza da cidadela, que o imperador tinha o hábito de se espojar no ouro em pó, para ficar com a pele dourada."


Os alquimistas procuravam uma maneira de tranformar metal vil em ouro e, ao mesmo tempo, visavam sua própria evolução, transformando energia grosseira em energia sutil. 

Em textos esotéricos fala-se que a próxima raça que ocupará o planeta será a Raça DouradaSegundo a Eubiose, a primeira raça foi a Hiperbórea, a segunda Adâmica, a terceira a Lemuriana, quarta Atlante e a quinta, onde nos situamos a ariana. Em cada período desses que dura alguns milhares de anos (se não me engano cerca de 25 mil anos) foram sendo desenvolvidos os corpos (nessa ordem) vital, físico, emocional, mental e o mental abstrato em cujo processo de desenvolvimento nos encontramos. 

A compreensão da física quântica, do hiperespaço, dos "buracos de minhoca", já são manifestações desse desenvolvimento que deverá ser sedimentado quando se abrirem determinados portais de que se fala atualmente. Mas isso já é outra história. 


Voltando ao processo de criação,  Nelson enviou-me um texto bastante imagético, falando de navios, escorbuto, lanhos, avareza, lama, cobiça, enfim, uma cornucópia de imagens muito interessantes que me transportaram ao século das navegações, das descobertas, das piratarias, das intrigas de bispos, reis e rainhas. 

Lembrei muito da primeira vez em que fui a Ouro Preto, do dourado das igrejas barrocas, das histórias que ouvi dos tempos do ciclo do Ouro e das pessoas que dizem ouvir correntes arrastando no meio da noite. Muito dessas idéias estão no texto final da canção.


O Bebeto não resistiu e trouxe-me um texto em forma poética, uma pré letra de música. No final das contas, não utilizei nada do texto que ele me enviou, mas ele fez  correções fundamentais no refrão, que estava muito denso e dizia "sosseguem os seus canhões". O Bebeto reparou que a letra já possuia muita informação de tom épico e estava um pouco pesada.  Que precisava-se injetar um pouco de romance e atualidade e sugeriu trocar canhões por coração o que trouxe a canção para o tempo presente e a deixou mais pop.

Então ficou: "não cega, sossega o meu coração" .
 Enfim, concebi a canção, parte harmônica e melódica, formato da letra, com fraseado, rimas e aliterações, inspirado nessas contribuições fundamentais que, cada um de meus parceiros, a seu modo, me trouxe.
Agora, cada pessoa que a ouve tem a possibilidade de a completar e é isso que gostaria de propor aqui. Que os frequentadores da Câmera expressassem suas impressões sobre a canção, podendo focar sobre seus aspectos gerais ou em algum trecho ou frase que lhe chame atenção, podendo também apenas indagar sobre determinados sentidos aparentes ou manifestados nas entrelinhas.
Acho que vai dar um bom bate bola. Vamos nessa?
Boa semana a todos.
Namastê




OURO
Letra e Música: Antonio Villeroy                                                  
A partir de contribuições de Bebeto Alves, Jorge Mautner e Nelson Coelho de Castro

Eldorado                               
Brilho encantado da mina
Até no escuro ilumina
Até mesmo onde reina a preguiça
Onde aparece atiça

No dedo no brinco no vaso no punho cerrado
no peito suado de quem lhe rapina
Parece que nunca termina
Quem não tem lhe cobiça

Sobra no cofre gelado do homem avaro
Que mata e que morre por essa valia
Esse perdeu sua guia
Nada mais vê no horizonte

Mas pra mim o que reluz não cega
É pedra de meditação
Vem do sol a luz que me carrega
Doura a lua em tua mão

Não cega
Sossega o meu coração
Meu olho no teu acerta
O centro do furacão
Teu olho no meu
É ouro

Metal raro
Quem por ti não alucina
Pedra da arte divina
Quem não te perde de vista
Pensa no dom do alquimista

Cai no vapor da batalha a brilhante medalha
De quem celebrava o sabor da conquista
Briga de rei e rainha
O bispo e sua ladainha


Pesa o colar da vadia
No corpo lanhado de quem foi buscá-lo no fundo da terra
É só riqueza ou quimera
Ou bons ventos da nova era

Mas pra mim o que reluz não cega
É pedra de meditação
Vem do sol a luz que me carrega
Doura a lua em tua mão

Não cega
Sossega o meu coração
Meu olho no teu acerta
O centro do furacão
Teu olho no meu
É ouro

39 comentários:

Fabiana. disse...

Outro, metal, pedra de meditação; ou pedra de maldição?

Vejo o lado o sentimento de cobiça, do outro, da solidão. Olhar para seus olhos é meu desejo, de tanto que brilha não vai me cegar. Descansa o furacão desse metal que me domina. Não permitir que eu me perca no horizonte. Elementos da natureza: o sol tem o tom dourado como ouro, riqueza natural, à frente do outro, riqueza que nasce de milhares de anos.

Depois penso com mais calma. Bjos!

JUNIOR HOLANDA disse...

é bacana poder olhar a musica desse ponto de vista....saber a historia da musica..porque nós que somos meros "ouvintes" nem sonhamos o trabalho que se têm pra escrever uma canção como essa..
o cd ta bacanãoo...vou esperar mais "historias" das outras musicas..

Bianca Albuquerque disse...

Achei muito interessante cmo vooc comparou o olho da pessoa em questão com o ouro. Achei uma forma diferente de dizer q o olho da pessoa brilha e ti causa dois extremos ... q é o "sossego" e tbm ti leva ao "centro do furacão" .. Não sei se vooc conseguiu entender. rsrs

Unknown disse...

"Mas pra mim o que reluz não cega
É pedra de meditação
Vem do sol a luz que me carrega
Doura a lua em tua mão
Não cega
Sossega o meu coração
Meu olho no teu acerta
O centro do furacão
Teu olho no meu
É ouro"
___________________
Olá José Villeroy

Adora essa música, linda, pura poesia.

O trecho que mais me chamou atenção foi o que escrevi acima. Prá mim você quis falar da cobiça e da ganância do homem pelo dinheiro, pelo poder e pelo ouro, sendo o último, o que melhor simboliza esses sentimentos.

Porém, no refrão, você se abstém dessa cobiça e, o que te faz pulsar, sentir e viver é o AMOR. Bastando o OLHAR de "alguém" (que, com certeza, está nas entrelinhas do refrão e que só você sabe quem é.......rss), pra te trazer a paz, tudo o que te preenche e o que realmente te faz feliz !!!

Beijos.......Lindão!

Valéria Vianna - RJ
Obs: Não tenho twitter. Meu e-mail é: valeria@ibp.org.br
Se você quiser me dizer o que achou, eu adoraria.

Unknown disse...

Adorei a música e a idéia de nos pedir para comentar nossas impressões!
Vejo nessa música um ideal, de felicidade, talvez. Felicidade não por ter o ouro, mas por chegar até ele e obtê-lo.
Acredito que resumidamente seja isso. Não sei se foi o que vc quis passar, mas foi isso o que eu vi na música!

Hannaly Oliveira disse...

Tenho uma história em quadrinhos na cabeça, com uma imagem pra cada frase dessa música. As imagens vão de um garimpeiro suado até um milhonário admirando suas barras de ouro. Mas esse ouro não me remete apenas ao Ouro em si, remete a qualquer coisa de valor monetario que venha a ativar a cobiça.

Ouro pra mim se tornou exatamente uma "pedra de meditação" sobre tanta gente mesquinha e gananciosa que tem por aí. O metal raro, apesar de toda a sua beleza, pode fazer com que percamos todos os nossso reais valores. "esse perdeu sua guia" por GUIA eu entendo os chamados 'fios de contas', colares geralmente feitos de miçangas, na(s) cor(es) de seu respectivo orixá. Daí eu tiro que tal ganancia pelo Ouro acaba fazendo muitos esquecerem, inclusive de sua fé /religião.

A parte romantica da msica é sensacional e nada clichê. (muio importante!)

"Não cega, sossega o meu coração" O ser amado brilha como o ouro, ams ao contrario do metal, ao invés de despertar alguns dos pecados capitais, desperta a calmaria "teu olho no meu é ouro" e o valor sentimental do olhar do outro pode se tornar até maior do que o valor monetario do Metal Raro. :-))

Juliana!!! disse...

Muito bom sabermos todo o processo que envolveu a construcao da musica, como as participaçoes que levaram ao produto final!
Devo dizer que o "conteudo" da letra ficou bem mais claro, apos as explicacoes!
Ia perguntar muita coisa, mas como ja esclareceu tudo hehehe
Que venham as proximas!
Bjs e Boa Volta ao blog! :D

Kiana_Nurse disse...

Totonho,
Quanto tempo nao passo por aki.Nossa,a blogueira que mais comentou,e acabar sumida,nao pode rsrs

Mas,vou voltar com mais frequencia por aki,assim cmo vc tb está voltando né?
E nada mais justo,do que minha volta ser com a temática dessa musica,que por sinal adoro: Ouro.


Ouro,pelo titulo já me remete a sua preciosidade.E durante a musica vai discorrendo sobre esse valor...Mas o que mais me tocou na canção,é exatamente essa "dualidade" que se tem,ao mesmo tempo que o "dourado" te traz a sensação de cobiça,também traz a raridade que ele ostenta,comparar esse metal a sentimentos nobres,de valores imensuráveis como ao sentido por uma pessoa amada,o desejo dedicado a esta,torna-se tão identico ao da cobiça que tanto históricamente fora cultivado.

Essa musica nos faz embrenhar-se por tantas visões,sensações,que a cada momento que a ouço,tiro algo dela.Você cmo sempre,um compositor de marca maior,exímio com as palavras,sabe coloca-las de forma que nos passe total sentido...

Hum,vou parando por aki,a tagarela ta solta hj hehehe

Enfim,de forma resumidinha né,é isso que sinto da sua canção,Totonho!!!

Voltando a seu blog,que percebo o quanto que faz falta ler suas palavras,seus detalhes minuciosos sobre cada coisa...

xerãoooooooo da Nurse =***

Unknown disse...

"Mas pra mim o que reluz não cega
É pedra de meditação
Vem do sol a luz que me carrega
Doura a lua em tua mão

Não cega
Sossega o meu coração
Meu olho no teu acerta
O centro do furacão
Teu olho no meu
É ouro"
___________________
Olá José Villeroy

Adora essa música, linda, pura poesia.

O trecho que mais me chamou atenção foi o que escrevi acima. Prá mim você quis falar da cobiça e da ganância do homem pelo dinheiro, pelo poder e pelo ouro, sendo o último, o que melhor simboliza esses sentimentos.

Porém, no refrão, você se abstém dessa cobiça e, o que te faz pulsar, sentir e viver é o AMOR. Bastando o OLHAR de "alguém" (que, com certeza, está nas entrelinhas do refrão e que só você sabe quem é.......rss), pra te trazer a paz, tudo o que te preenche e o que realmente te faz feliz !!!

Beijos.......Lindão!

Valéria Vianna - RJ

Obs: Não tenho twitter. Meu e-mail é: valeria@ibp.org.br
Se você quiser me dizer o que achou, eu adoraria.

Fabiana. disse...

Ouro, pedra de meditação ou pedra de maldição?

Elementos da natureza: sol, dourado, lua, metal raro.

Sentimento de cobiça do homem na história do mundo.

O ouro derretido na época antiga, ou então um presente, um colar de outro pra agradar uma prostituta.

Olhar que brilha e ao mesmo tempo ofusca. O ouro do teu olhar brilha tanto que não cega, reluz, trasmite, acalma.

Alicinha de Paula disse...

Teste

Kiana_Nurse disse...

Olá.Vamos ver se funciona.

Hannaly Oliveira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

o "ouro" entre o tesouro das canções de José...

Jeferson Cardoso disse...

Parabéns pelo seu excelente trabalho. Sucesso.
Jefhcardoso do http://jefhcardoso.blogspot.com

Fabiana Lima disse...

Ouro, pedra de meditação ou pedra de maldição?

Elementos da natureza: sol, dourado, lua, metal raro.

Sentimento de cobiça do homem na história do mundo.

O ouro derretido na época antiga, ou então um presente, um colar de outro pra agradar uma prostituta.

Olhar que brilha e ao mesmo tempo ofusca. O ouro do teu olhar brilha tanto que não cega, reluz, trasmite, acalma.

Eldorado no começo da canção é lugar, no final da canção é adjetivo.

Antonio Villeroy disse...

O Blog andou com uma anomalia e não estava registrando os comentários.

Parece que agora voltou ao normal.

Saquei sim, Bianca. Dizem que no centro do furacão não há turbulência.

O encontro amoroso expresso num olhar, ou na troca de olhares que se fundem num só, tem o poder de nos alçar do lugar onde estamos para um outro ambiente.

Parece que tudo pára ao redor. Às vezes isso sossega o coração, em outras atiça, acelera os batimentos, quando ao amor misturam-se os perfumes da paixão.

Isso pode acontecer num momento fugaz, com uma pessoa que você talvez nunca mais veja, mas aquele instante, se for verdadeiro, fica gravado na eternidade.

Sim Fabiana, el dorado gira, cambia de qualidade, de substantivo a adjetivo e durante a canção derrete-se, provoca, incita e acalma quando se trata do brilho de um olhar.

sigamos

Paula Cabrera disse...

Apenas testando pra ver se o blog voltou ao normal. Escrevi um comentário ontem e não ficou gravado.

Adorei essa idéia de destrinchar as músicas de José. O disco está bárabaro, Antonio.
Parabéns!!!!

paticabral disse...

o mais engraçado da sua proposta é que não tem muito tempo eu, Nat e San estavamos analizando o refrão da musica no twitter, Nat nos contou da lenda do eldorado e analizamos a frase:" meu olho no teu acerta o centro do furacão, teu olho no meu é ouro" chegamos a conclusão de que ea algo muito forte entre 2 pessoas, tipo olhar fulminante, tudo desencadeia ali, e assim vai...
Adorei a proposta das analises, rss bjbj Tots

Unknown disse...

Adorei a música e a idéia de nos pedir para comentar nossas impressões!
Vejo nessa música um ideal, de felicidade, talvez. Felicidade não por ter o ouro, mas por chegar até ele e obtê-lo.
Acredito que resumidamente seja isso. Não sei se foi o que vc quis passar, mas foi isso o que eu vi na música!

Natpizette disse...

Ouro na minha concepção representa a busca pelo melhor da vida,a ambição pelo novo.A eterna busca do ser humano por algo.
Nós queremos ter tudo,mas sempre que alcançamos algo passamos a desejar outra coisa.Ou seja o ouro é o objeto de desejo maior,pode simbolizar dinheiro,riqueza,amor..
E a parte'Teu olho no meu é ouro' representa o olhar de desejo,
de algo que surgiu no momento em q duas pessoas se olharam.

Raquell disse...

o ouro desperta ambição,desejo,riqueza,ele tem td sua preciosidade. mas na música tb tem a parte romântica do olhar que desperta um sentimento de paixão que pode ser calmo ou como um furacão.

Ananda Bassanezi disse...

Faço uma analogia com minha atual sintonia com o mundo...
sou contabilista, já estudei bastante, já trabalhei muito, minha profissão exige dedicação, tempo,
normalmente um contador não tem vida fora da empresa, e o pior, a gente acaba gostando disto...

♪"Eldorado
Brilho encantado da mina
Até no escuro ilumina
Até mesmo onde reina a preguiça"♪

♪"Sobra no cofre gelado do homem avaro
Que mata e que morre por essa valia
Esse perdeu sua guia
Nada mais vê no horizonte"♪

Quando fiz 30 anos, resolvi fazer uma festa, e fiz uma linda festa, o slogan "derrepente 30 - você faz parte desta história", recepcionei meus convidados, (todos escolhidos a dedo), pois queria que estivesse presente todos aqueles que fizeram e fazem parte da minha vida, me propus escrever um "discurso" para cada um deles que foi entregue em mãos numa linda cartinha em formato de coração... os textos que escrevi para meus amados falava o quanto cada um representava para mim, foi lindo, e bastante tocante...

apartir deste dia percebi que me titulava uma "ótima esposa, mãe, filha, amiga e cidadã", porém na prática, não deixava de trabalhar nos feriados, finais de semana, e durante a semana até bem tarde,

como conseguia ser uma ótima profissional e uma "ótima esposa, mãe, filha, amiga e cidadã"?
eu nunca estava em casa, não ia nas reuniões escolares, só falava com minha mãe, irmãs e amigos por telefone, minha casa era hotel, ia só pra dormir! a ficha caiu, eu estava me engando, falava porém não fazia...

foi quando decidi, SER uma "ótima esposa, mãe, filha, amiga e cidadã",
há... e tá tão gostoso, curtir minha casa, minhas filhas, o marido, meus projetos pessoais, os amigos, familiares.. adoro..rs

e assim SOU muito mais Feliz♥

♪"Mas pra mim o que reluz não cega
É pedra de meditação
Vem do sol a luz que me carrega
Doura a lua em tua mão"♪

♪"Não cega
Sossega o meu coração
Meu olho no teu acerta
O centro do furacão
Teu olho no meu
É ouro"♪

é isto que esta música representa pra mim!

bjus
adoro você!
@anandabassanezi
ananda.bassanezi@yahoo.com.br

Nessinha S. disse...

É ouro



Metal raro

Quem por ti não alucina

Pedra da arte divina

Quem não te perde de vista

Pensa no dom do alquimista


Olá Totonho !
Esses versos são incríveis e me chamaram bastante atenção ...
Quando você cita 'metal raro que por ti nao alucina' tráz uma visão preciosa desse 'raro' ser divino e encontrar seu valor,seu lugar ...Pois nem tudo que é raro é divino !
Essa mistura de riqueza com a 'história' e a poesia é linda e tráz visões extremamente diferentes aos olhos de cada um .
Lendo esses versos ,tenho mais de uma visão em cada um deles .
Legal você falar sobre seu ponto de vista dessa canção! Parabéns,ta incrível...
Te admiro muito!
Beijos.

Carolina Carrah disse...

É engraçado ler assim a letra sem a melodia pq essa não estava entre as minhas favoritas do disco, e ao terminar a leitura fiquei meio de boca aberta e totalmente encantada. Alguns trechos nos quais eu não prestava atenção me fizeram parar pra pensar um pouco.
Também é muito legal poder saber mais da música, do processo de criação e tal. Vou esperar ansiosamente os próximos posts ;)
Beijos!

Anônimo disse...

uau! Hannaly, ficou lindo! Antônio merece...

Parece que o objetivo de qualquer canção é penetrar na subjetividade, não?

Como a Matilde, a Fabiana também me voltei para o "olhar", no que pode dar esse tesouro de mirar; seja o que for e como for. Um olhar que conta a história do que pode ser ouro, e quais são suas consequências: boas e ruins.

Mas, ouví-lo é trilhar os aspectos sensoriais que palavra alguma verbalizaria (acredito que muito também assim pensam por aqui), talvez... só conseguiríamos dizer com o nosso "ouro", nosso olhar!

bjo

té pra todos/as

Luana Marcelle disse...

Ouro representa luz, brilho! Tb é um metal de auto-transição ou de transição daqueles que passam a possuí-lo e se deixam levar (infelizmente).

O ouro conduz, combina propriedades físicas e químicas (teu olho no meu é ouroo!). Quando ofusca, já era!

Posso dizer que a letra é uma jóia e o Totonho "garimpou" muito bem.

Beijos, Libanesa.

Carol Freitas disse...

O que pode ser mais bonito do que a canção em si? É saber como ela nasceu.
Acho bacana demais qdo um artista tem a sensibilidade de dividir isso com o seu público.

Adorei o texto, Antonio =)

Beijo!

Antonio Villeroy disse...

Hoje, em sua coluna no jornal O Globo, Francisco Bosco fala que "os conceitos seriam idéias reunidas e concentradas em uma única palavra" .
E segue " Um conceito se forma como uma nuvem.

Ele haure, traga de um conjunto de situações análogas aquilo que elas tem em comum e o descreve."

Gosto dessa imagem da nuvem para figurar o que seria um conceito.
Pois na nuvem há entropia, há choque de moléculas e forças com vetores variados, apontando para muitas direções.

Nenhuma idéia me satisfaz se não contém em si contradições. Uma idéia pronta, sem arestas é como um cenário artificial, é a voz de um mau ator, uma representação mentirosa de uma idéia de perfeição.

Portanto, se um conceito é como nuvem, está sujeito a mutações e, sendo assim, poderá expressar-se transformado com o tempo.

Falo isso porque a canção Ouro é plena dessas nuvens a que refere meu amigo Chico.

Não há nada gratuíto nessa letra (nem poderia ser tratando-se de Ouro - desculpem-me a piadinha trocadilhesca).

Eldorado
brilho encantado da mina

(é uma frase)

mas cada palavra encerra,em si,um conceito

Eldorado
brilho
encantado
da mina

E a força da frase na sua totalidade reside no fato de ser composta por palavras que já possuem em si uma força individual.

O encantamento da mina, brilha aos olhos do sonhador, que imagina o Eldorado, um lugar onde tudo que reluz é ouro.

Mas esse ouro também é sinônimo de redenção. Obtê-lo é como ter o aval dos Deuses, é como encontrar a chave de algum paraíso.

Os versos seguintes,

"até mesmo onde reina a preguiça
onde aparece atiça",

estão impregnados de imagens, idéias e conceitos, que fixaram-se em mim com o tempo através de minhas experiências pessoais, de leituras e da observação direta de fatos e pessoas.

Valendo-me ainda da "nuvem do Chico Bosco" , nessas duas frases encontra-se o Macunaíma de Mario de Andrade, a imagem do índio brasileiro, ensinado nas escolas como um homem preguiçoso.

Em plena ebulição, chegam-me os vapores das impressões sobre o Brasil descritas em "Tristes Trópicos" pelo antropólogo Claude Levy Strauss e os relatos de Jean Léry, etnólogo francês que esteve no Brasil nos anos 1500.

Os índios brasileiros não atribuíam ao ouro o mesmo valor dado pelos seus colonizadores.

A velha história da troca de espelhinhos pelas riquezas naturais da "terra brasilis" expressa a diferença de estágio civilizatório existente entre Europa e Américas até pouco tempo atrás.

Segundo Léry, ao discorrer sobre as terras recém descobertas por Cabral, "a humanidade que nele habita pertence indubitavelmente à 'raça corrompida de Adão'. A maldição que sobre ela pesa só será afastada com a condição de uma conversão, bastante improvável, ao cristianismo."

Estariam os indígenas em um estado mais primitivo, vivendo uma espécie de infância do homem, por decorrência dessa propalada preguiça, fruto das facilidades da vida dos trópicos?

Ou viveriam uma relação mais saudável com a natureza, numa existência despojada dio supérfluo, mais próximos dos "Deuses" , e de Gaia, a Deusa mãe , a Terra?

Provavelmente uma coisa e outra.

Portanto pra que serviria o ouro? Qual seu poder de troca? Com certeza não seria para colocar um dente em sua "boca banguela", que foi a forma como antropólogo Claude Levy Strauss referiu-se à baía de Guanabara, como bem citou Caetano Veloso em sua canção Estrangeiro.

Antonio Villeroy disse...

Hoje, em sua coluna no jornal O Globo, Francisco Bosco fala que "os conceitos seriam idéias reunidas e concentradas em uma única palavra" .

E segue " Um conceito se forma como uma nuvem. Ele haure, traga de um conjunto de situações análogas aquilo que elas tem em comum e o descreve."

Gosto dessa imagem da nuvem para figurar o que seria um conceito, pois na nuvem há entropia, há choque de moléculas e forças com vetores variados, apontando para muitas direções.

Nenhuma idéia me satisfaz se não contém em si contradições. Uma idéia pronta, sem arestas é como um cenário artificial, é a voz de um mau ator, uma representação mentirosa, um arremedo insustentável de perfeição.

Portanto, se um conceito é como nuvem, está sujeito a mutações e, sendo assim, poderá expressar-se transformado com o tempo.

Falo isso porque a canção Ouro é plena dessas nuvens a que refere meu amigo Chico.

Não há nada gratuíto nessa letra (nem poderia ser tratando-se de Ouro - desculpem-me a piadinha trocadilhesca).

Eldorado
brilho encantado da mina

(é uma frase)

mas cada palavra encerra,em si,um conceito

Eldorado
brilho
encantado
mina

E a força da frase na sua totalidade reside no fato de ser composta por palavras que já possuem em si uma força individual.

O encantamento da mina, brilha aos olhos do sonhador, que imagina o Eldorado, um lugar onde tudo que reluz é ouro.

Mas esse ouro também é sinônimo de redenção. Obtê-lo é como ter o aval dos Deuses, é como encontrar a chave de algum paraíso.

Os versos seguintes,

"até mesmo onde reina a preguiça
onde aparece atiça",

estão impregnados de imagens, descrições e conceitos, que fixaram-se em mim com o tempo através de minhas experiências pessoais, de leituras e da observação direta de fatos e pessoas.

Valendo-me ainda da "nuvem do Chico Bosco" , nessas duas frases encontra-se o Macunaíma de Mario de Andrade, a imagem do índio brasileiro, ensinado nas escolas como um homem preguiçoso.

Em plena ebulição, chegam-me os vapores das impressões sobre o Brasil descritas em "Tristes Trópicos" pelo antropólogo Claude Levy Strauss e os relatos de Jean Léry, etnólogo francês que esteve no Brasil nos anos 1500.

Os índios brasileiros não atribuíam ao ouro o mesmo valor dado pelos seus colonizadores.

A velha história da troca de espelhinhos pelas riquezas naturais da "terra brasilis" expressa a diferença de estágio civilizatório existente entre Europa e Américas até pouco tempo atrás.

Segundo Léry, ao discorrer sobre as terras recém descobertas por Cabral, "a humanidade que nele habita pertence indubitavelmente à 'raça corrompida de Adão'. A maldição que sobre ela pesa só será afastada com a condição de uma conversão, bastante improvável, ao cristianismo."

Estariam os indígenas em um estado mais primitivo, vivendo uma espécie de infância do homem, por decorrência dessa propalada preguiça, fruto das facilidades da vida dos trópicos?

Ou viveriam uma relação mais saudável com a natureza, numa existência despojada do supérfluo, mais próximos dos "Deuses" , e de Gaia, a Deusa Mãe, a Terra?

Provavelmente uma coisa e outra.

Portanto de que serviria o ouro? Qual seu poder de troca? Com certeza não seria para implantar um dente em sua "boca banguela", que foi a forma como antropólogo Claude Levy Strauss referiu-se à baía de Guanabara, como bem citou Caetano Veloso em sua canção Estrangeiro.

Mas quando a cobiça do ouro surge abaixo do Equador, incitam-se vontades e desejos.

Algo que estava inerte se move, nem que seja pela força.

E assim , nos tristes trópicos, onde sempre reinou a preguiça passa a girar a roda da fortuna, penetra-se no Brasil profundo com Entradas e Bandeiras, estabelecem-se capitanias, surgem cidades, senhores, barões, coronéis, escravos e feitores.

Erguem-se igrejas, implementa-se o barroco que reluz em obras magníficas.

Antonio Villeroy disse...

Ainda nessa nuvem, pairam as canções que Chico Buarque escreveu com Ruy Guerra para a peça Calabar, elogio da traição, como Fado Tropical :

"com avencas na catinga,
alecrins no canavial
licores na moringa
e um vinho tropical,

e linda mulata
com rendas do alentejo
de quem numa bravata
arrebata um beijo,

mas essa terra ainda vai cumprir seu ideal
ainda vai tornar-se um imenso Portugal "

Antonio Villeroy disse...

Mas, Ouro, a canção, não quer falar apenas do Brasil, embora muito das imagens que ali estão contidas refiram-se a sensações que tenho sobre a construção de nosso país.

Contrapondo-se à preguiça, o ouro surge no cofre gelado de um homem que padece de um outro pecado capital, a avareza.

Pode parecer engraçado, mas paralelo à imagem do milionário pão duro guardando barras de ouro à sete chaves em um cofre cor de grafite, surge-me a imagem do Tio Patinhas mergulhando nas moedas de sua caixa forte.

Falando isso, sinto-me um pouco como Colle Porter misturando Shakespeare com Mickey Mouse, em seu clássico You are the top.

Mas é assim mesmo que as coisas acontecem, é a tal nuvem com suas flechas vetoriais em pleno movimento.

Mas, o homem avaro é capaz de matar e morrer por essa valia (aí vem-me a idéia de mais valia, nome dado por Karl Marx à diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador, que seria a base do lucro no sistema capitalista, em geral, baseado na prática da exploração do homem pelo homem)

E o avaro nada mais vê no horizonte que sua riqueza material, portanto fica sem perspectivas, mergulha na propria caixa forte, perde sua guia espiritual e não estabelece mais contato consigo mesmo.

Antonio Villeroy disse...

Quando falo,

"cai no vapor da batalha
a brilhante medalha
de quem celebrava o sabor da conquista
briga de rei e rainha
o bispo e sua ladainha"


estava pensando em guerras ocorridas na Europa durante toda sua história, com uma ênfase nos conflitos ocorridos entre a Inglaterra e a França, arquirrivais durante muitos séculos.

A frase

"briga de rei e rainha",

conduz minha imaginação para esse mundo de conchavos, casamentos, intrigas, conflitos, invasões e jogos de poder que fazem parte da história geopolítica com suas consequentes transformações cartográficas porque passou a Europa desde a Grécia antiga até os dias de hoje.

É também uma forma polida de dizer "briga de cachorro grande" , onde estão envolvidos os poderes temporal (os reis e rainhas) e espiritual (a igreja, com seus padres, bispos e papas).

Ainda sobre essa frase e já apontando para a próxima

"pesa o colar da vadia no corpo lanhado de quem foi buscá-lo no fundo da terra",

veio-me à cabeça o célèbre "Caso do colar da Rainha" , incidente ocorrido por volta de 1785, na corte de Luís XVI de França, envolvendo a rainha Maria Antonieta, o cardeal Louis-René-Edouard de Rohan, bispo de Estrasburgo, a condessa Jeanne de Valois, que buscava a vinganca pela morte de seu pai decretada pela coroa e um homem misterioso, o conde de Cagliostro, que ajudou a condessa na sua empreitada.

Há vários filmes sobre esse iepisódio, o mais recente realizado por Charles Shyer, tendo Hilary Swank no papel de Jeanne e Christopher Walken, brilhante, no papel de Cagliostro.

Os versos se completam com a idéia de que para se forjar um colar que circula, cintilante, pela corte houve quem fosse buscar as pedras e os metais em um lugar inóspito, no fundo da terra, no sentido de subsolo e também de um sertão profundo no Novo Mundo, possivelmente recebendo chicotadas para executar a tarefa.

Mas para o autor da canção e para quem a canta, o que reluz não cega, não rouba-lhe a humanidade, não lhe subtrai os horizontes, não lhe faz perder a guia, pois que prevalece uma mirada na transformação do homem, pelo amor, pelo autoconhecimento (pedra de meditação), pela luz do sol como agente transformador, que propicia a fotossíntese e o desenvolvimento da vida, e também como símbolo apolínio, masculino, complementado pelo poder dionisíaco da lua, das mutações, da receptividade, da intuição e outros atributos do aspecto feminino.

E a fusão dos dois em um terceiro, pelo olhar, pelo congraçamento através do amor e da sabedoria, pela revelação do que está oculto.
Isso remete àquelas figuras egípcias onde um olho encontra-se no centro de um triângulo.

Piramide = pira (fogo) mida (meio).

O centro do fogo, o centro do furacão, onde adquire-se o conhecimento e propicia-se a evolução.

Débora de Marco Machado disse...

Não vou ler antes os comentários que é pra não mudar de opinião. Totonho cada vez mais me encanto com você. Se eu falar bobagem por favor, avise! hehe
Todo homem possuí suas riquezas por isso não existe a ele lugar certo, e nem de dizer onde ele esta. Um dia aqui, outro ali sempre esbanjando riquizas que nos engrandece. Alguns o percebem, outros só vêem pq o "Imperador precisa se espojar no ouro em pó pra ficar com a pele dourada."
O brilho do Eldorado realmente é cobiçado, quem não gostaria de saber brilhar, até mesmo quando a escuridão nos atormenta?

Ricardo Luigi disse...

Parabéns pela iniciativa, Totonho!

Li todos os comentários, e vi que praticamente tudo foi abordado.

Gostaria de elogiar a iniciativa e compartilhar o "virundum" que eu cometi.

Conheci a música muito antes do José vir à tona, creio que nos shows do Sinal dos Tempos. Como não havia como ler a letra, sempre entendi, no refrão, que o "Meu olho no teu 'acerca'/ O centro do furacão", ao contrário do "acerta". Fazia o maior sentido, até eu descobrir a forma correta no encarte do CD.

Eu imaginava os flertes de olhares como a desordem do furacão, e, à medida que se acercava do centro, a paz do encontro (e do acerto) era estabelecida.

Abraços,

Luigi

P.S.: Lembrei de uma outra parte que me parece não ter sido discutida. Encanta-me a duplicidade de sentido do verso "o bispo e sua ladinha".

Anônimo disse...

Eu conheci essa música aqui em Brasília através da rádio Verde Oliva fm. Diariamente tem um quadro que destaca uma compositor ou uma música acho q o nome do quadro é "mistura fina". Procurei agora na internet p/conhecer melhor. Parabéns.

BABI CASTRO disse...

O tempo torna-se complicado quando não os tornamos nosso! Estava com saudades...

Totonho,
Eu, particularmente, tenho esta canção como a minha preferida do CD. Gostei quando você cita elDOURADO, como O (homem) dourado, não havia pensado nisso, aliás, muitas vezes ouvimos canções, gostamos de muitas, porém jamais paramos para refletir ou pesquisar sobre sua letra, seu significado.

Concordo com Hannaly, quando ela diz que GUIA é uma espécie de cordão de contas, é como o terço na igreja católica. Quando é citado que perdeu sua guia e que nada mais vê além de sua cobiça, podemos parar um pouco e repensar sobre o amor, sobre um sentimento mais puro que não vale ouro algum, entretanto se possuísse valor em dinheiro jamais seria doado, porque não maneira mais gratificante do que amar.

Acredito que a letra quer dizer que muitos se preocupam com valores materiais, e que não importa o brilho, jamais deve se deixar cegar, perder a fé ou esquecer do amor(ou qualquer outro sentimento bom que vive em nós).

Totonho, estava com muitas saudades, o vi pela última vez naquele show maravilhoso que você fez no Teatro Rival. Espero que José ainda ganhe muitas outras nova postagens...rs

Um beijão grande,

Minha essência saúda a sua essência!

Odete Damasceno disse...

Conte seu jardim pelas flores,
nunca pelas folhas caídas.
Viva cada minuto de sua vida como se fosse viver eternamente.


E cada hora que passar não conte pelos ponteiros romanos de um relógio e sim pelo pulsar do seu coração.


E através de toda a sua existência conte sua idade pelos amigos que conquista e nunca pelos anos que vive.


Isso é o que eu lhe desejo de coração.

Feliz Aniversário.
Deus te abençoe querido,q vc jamais perca o encanto pela vida. bjss Odete Damasceno Salvador-Ba

MADAMERAMANDA disse...

FELIZ ANIVERSÁRIO VILLE!!!

QUE VC BRILHE CADA VEZ + E + CANTANDO,ESCREVENDO SUAS MÚSICAS COMO A ESTRELA NO CÉU Q NUNCA PAROU DE BRILHAR!!!!!!!!!!


MIL BJUS
LOVE YOU
RJ,19/07/2010