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Sobre o outro convidado, pra quem não está lembrado, Arthur Maia é baixista, compositor e produtor, que atua há muitos anos com Gilberto Gil e já integrou as bandas de Djavan, Milton Nascimento, Ivan Lins e Luis Melodia, entre outros. Recentemente produziu o disco Madrugada de Mart’nália. Em todo lugar que vou fora do Brasil os músicos sempre me perguntam pelo Arthur. É que além de excelente músico, o cara é muito comunicativo e simpático. O Guinga disse que ele é primo do Romário. E é verdade que tem certa semelhança física e sua facilidade pra tocar lembra muito a do baixinho a empurrar a bola pro fundo do gol. Segue o link:
http://www.arthurmaia.com.br
Depois do show vamos sair pro abraço, com fotos e autógrafos nos discos.
O projeto segue até o final de novembro com a seguinte programação:
03/11 – Moraes Moreira & Armandinho
10/11 – Rita Ribeiro & Carlos Malta
17/11 – Chico César & Gisbranco
24/11 – Margareth Menezes & Saul Barbosa
Informações: 2262-2581 / 2215-5172 (de 2ª a 6ª, de 10 às 18
Lançamento do CD em São Paulo
Imperdível!
Criada pelo compositor, arranjador e saxofonista Letieres Leite, a Orkestra (com K como no original grego) é um grupo de sopros e percussão, no qual as composições e os arranjos são concebidos a partir das claves e desenhos rítmicos do universo percussivo baiano.
Com as composições inspiradas na cultura ritmica do centro de Salvador, nos toques de orixás da música sacra afro-baiana, nas grandes agremiações percussivas, como o Ilê Aiyê, Olodum e nos Sambas do Recôncavo, a nova amálgama é repleta de significações, sensibilidade rítmica e uma influência jazzística, onde as improvisações também marcam presença, com uma formação próxima das big bands e concebida em um estilo atual.
A Orkestra tem em seu nome a representatividade dos três atabaques do candomblé: o Rum, o Rumpi e o Lé, acrescido das letras ZZ da palavra Jazz.
Gravado no Teatro Castro Alves (ao vivo, a portas fechadas) o álbum foi mixado nos EUA por Joe Ferla, vencedor do Grammy, produtor e engenheiro de som de grandes artistas como John Meyer, Natalie Cole, John Scolfied, Brecker Brothers, dentre outros. O CD irá sair pelos selos Biscoito Fino e Caco Discos.
Conheci Letieres por volta de 1983, em Porto Alegre, onde ele passou uma temporada de dois ou três anos. Sua presença na cidade foi marcante, montou grupos com diferentes formações, acompanhou e produziu cantores, escreveu arranjos e ensinou música pra muita gente. Sempre viajando pela música saiu de Porto Alegre e foi morar em Zurich e Viena, voltando depois pra sua Bahia natal. No final dos anos 90, o reeencontrei dirigindo o show de Ivete Sangalo, que me chamou pra subir no trio e cantar com ela Felicidade do Lupicínio Rodrigues. Paralelo à sua atuação com Ivete, Letieres foi desenvolvendo esse precioso trabalho que mistura os ritmos de candomblé com orquestra de sopros, um dos mais originais e estimulantes trabalhos de música instrumental que tenho visto nos últimos tempos!
Show de lançamento em São Paulo
Sábado,31 de Outubro 21:00 hs. e Domingo 1 de Novembro, 18:00 hs.
Sesc Vila Mariana- R. Pelotas, 141 - Vila Mariana - São Paulo - SP Tel: (11) 5080-3000
BROTHERS OF BRAZIL
Algo que parecia improvável aconteceu. Dois irmãos com propostas musicais completamente diferentes resolveram fazer uma dupla e deu certo! Tratam-se dos filhos de Eduardo Suplicy, o senador sério e, ao mesmo tempo, boa praça que, a pedido de Sabrina Sato, desfilou pelo Congresso portando uma sunga de superhomem sobre as calças.
Supla, o mais velho, surgiu no cenário do rock dos anos 80 com pose punk e semelhanças com Billy Idol. Nunca acompanhei de perto sua carreira mas sempre admirei sua perseverança no personagem que criou (e se transformou) não só para fazer música, mas também para definir como seu estilo de vida. João Suplicy também teve influência roqueira mais explicitamente de rocabilly, mas direcionou sua carreira para a MPB com ênfase em samba, samba rock e outras bossas. Não é a toa que fez para a gravadora Albatroz de Roberto Menescal um disco e depois um show chamado Elvis em Bossa, com direção de Luiz Carlos Mielle, onde congregava com maestria dois gêneros aparentemente distintos.
Há pouco mais de um ano, João e Supla juntaram as forças e, sob o nome de Brothers of Brazil, montaram um show conjunto que vem divertindo platéias do Brasil, EUA e Europa. Eu assisti no ano passado no Posto 8 e curti muito, porque além de musicalmente interessante há os aspectos performáticos de ambos, cada um no seu estilo. Eles brigam mais que os irmãos do Oasis, discutem no palco e nunca se sabe se é a sério ou se apenas faz parte da performance artística. Acho que nem eles sabem, deve ser as duas coisas. Uma de suas músicas Samba around the clock (parafraseando a clássica Rock around de Clock de Bill Haley) ganhou um clipe, cujo link segue logo abaixo. Pra se divertir:
http://www.youtube.com/watch?v=3c9nAHVg-HQ&feature=player_profilepage
MAIS UMA VEZ GADU
(na corrente do Nemo)
O show de Maria Gadu está cada vez melhor. É muito bom ver os progressos na carreira de um artista e a Gadu venho acompanhando bem de pertinho e ajudando a divulgar aqui no blog, no facebook e no boca a boca. Sexta fui no Teatro Rival e, no bate papo do camarim, sua mãe, falando comigo e nossa amiga Juliana, disse que havíamos ajudado a parir essa história, porque estávamos desde o comecinho nos shows do Cinemathèque. Na verdade, a primeira vez que vi a Gadu foi num sarau organizado por Dudu Falcão na casa da estilista Cristina Cordeiro, ela sentadinha em posição de yogue (sua marca registrada), ligeiramente tímida, cantando suas canções de forma muito carismática. Depois vi umas 4 vezes no Cinemathèque, 2 no Posto 8, uma no Zozo e agora num Rival completamente lotado. A banda está com uma sonoridade incrível, o som cheio sem ser pesado, com uma timbragem muito especial que faz ressaltar ainda mais a voz da Maria. Em breve deve rolar Circo Voador. Lembrando que a Gadu está com uma música na novela das 6 e outra na das 8. Não lembro de outro artista que tenha aparecido cantando, num mesmo período, em duas novelas da Globo. Isso só reforça o que disse minha amiga Luciana Pessanha: A Maria Gadu pegou a corrente do Nemo.
CHICO BOSCO ORIENTANDO
Meu amigo Francisco Bosco, escritor, filósofo e compositor está numa viagem com sua mulher, a também escritora e roteirista Antonia Pelegrino pelo Oriente. Já estiveram na China e no Tibet. Quando ele voltar vou pedir para que dê uma canja aqui no blog contando um pouco do seu périplo e publicando algumas fotos. Estou certo de que com a sua imaginação, sua capacidade de concatenar idéias somadas à experiência que está vivendo, poderá elaborar textos muito nutritivos e interessantes pra dividir conosco.
UM TAL DOUTOR COLOMBO
Outra pessoa que em breve deve escrever aqui é meu grande amigo Dr. Colombo Cruz, clínico geral com ênfase em medicina preventiva e ortomolecular. Ele atende em Niterói, mas no começo do ano vai abrir uma sala no Rio, provavelmente em Botafogo.
Conheci o Colombo quando eu estava começando minha carreira musical e via seus cartazes espalhados por Porto Alegre anunciando o lançamento de seu primeiro disco. Depois de alguns meses aconteceu o tão esperado show e foi muito bom. Colombo tinha belas músicas, cantava bem e se mostrava solto no palco, arrebatando o público e a crítica. Apesar de desconhecido em Porto Alegre, seu marketing foi tão bom que o teatro da Assembléia, com capacidade para mil pessoas, estava lotado.
Na época ele morava em Santa Maria, uma cidade universitária, situada nos pampas, onde estava concluindo o curso de Medicina enquanto desenvolvia também a carreira de músico. Depois de sua formatura, veio para o Rio, onde se estabeleceu com a família e foi trabalhar na ABBR (Associação Brasileira Beneficiente de Reablilitação), um hospital de reabilitação localizado na Av Jardim Botânico, onde, entre outros pacientes, cuidou da saúde de João do Valle, o célebre compositor maranhense autor de Carcará que fez com Zé Keti e Nara Leão (depois sustituída por Maria Bethânia, que estreava brilhantemente) o show Opinião nos anos 60.
No final dos anos 80, João do Valle se reestabelecia de um acidente vascular cerebral e ficou sob os cuidados do dr. Colombo durante 1 ano e meio. Quando se recuperou e teve alta, Chico Buarque organizou um show no Teatro João Caetano para arrecadar fundos para o amigo. Muitos artistas participaram, entre eles o próprio Chico, Beth Carvalho, Fagner, Zé Ramalho, Gonzaguinha, Elba Ramalho, e Alcione. Havia um apresentador que anunciava cada atração da noite. No final do show ele fez um suspense dizendo que chamaria a pessoa que havia ajudado João do Valle a se recuperar e anunciou Colombo Cruz que entrou a rigor (todo de branco) e foi recebido de pé pela platéia que o aplaudia. Todos ficaram surpresos que além de tudo o doutor era compositor e cantava muito bem.
Anos depois, Colombo foi morar em Niterói onde tem uma grande clientela. Recentemente fui ao seu consultório, pois precisava perder 7Kg em 40 dias pra participar do DVD de Ana Carolina. Seguindo os conselhos do doutor, mudei de alimentação, parei de comer carne vermelha, derivados de leite, doces, pão branco, e eliminei definitivamente as bebidas alcóolicas. Associando a essa dieta uma rotina de exercícios diários, cheguei ao dia da gravação com 8 kg a menos e gozando de muita saúde. Na sequência, ainda perdi mais dois, contabilizando, em 2 meses, 10 kilos perdidos e uma massa muscular muito mais definida. A boa oxigenação e uma alimentação balanceada livre toxinas e produtos artificiais melhoram muito nossa disposição, o corpo, a mente e as emoções ficam bem mais saudáveis. Isso é o que almeja a Medicina preventiva praticada pelo dr. Colombo.
Quando perguntado sobre em que área trabalha, o doutor diz que é médico. Se insistem questionando sua especialidade, ele responde que é medicina, pois a seu ver o organismo é um sistema único, onde todos órgãos, glândulas e outras partes e funções tem uma relação de completa interdependência. Parece óbvio, mas muitas vezes o especialista não leva em consideração esse fato. Essa visão abrangente o credencia como um médico holístico, em concordância com outras ciências que evoluem nesse sentido, agregando os valores acadêmicos ocidentais com a sabedoria milenar do Oriente.
UMA PEDRINHA FICOU PELO CAMINHO
Com a disciplina que adotei nessa minha nova fase de vida, fui expurgando excessos e toxinas e percebi que também me livrava de coisas ligadas ao meu passado, não só do ponto vista físico mas também certos pensamentos e emoções que já não tinham mais serventia. O processo de limpeza foi e está sendo tão intenso que nos últimos 2 dias eliminei até mesmo duas pedrinhas que carregava há anos no rim direito, obtidas em minhas frequentes e gastronomicamente intensas estadas na França, onde o hábito de comer queijo após as refeições é uma tradição irrecusável e a água é tão calcária a ponto de deixar leves camadas de cálcio na louça secada no escorredor.
A última pedrinha deu seu alarme as 5 da manhã desse domingo. Levantei, tomei um Buscopan e procurei me distrair, lendo, tocando piano e escrevendo no computador. Não adiantou. Tomei água, outro Buscopan e um banho. Mas a dor não cedeu, então, pelas 8 horas, calmamente fiz uma malinha, peguei o carro e rumei pra Clínica São Vicente. No caminho a dor aumentou, como costuma aumentar quando a pedra sai do rim e entra no uretér. Mas não perdi a calma e, apesar do engarrafamento que ralentava a Marquês de São Vicente em virtude das provas da PUC, cheguei ao meu destino pelas 8:30.
Depois de examinado e medicado, expeli a danada e me senti novinho em folha. Dormi um pouco pra recuperar a noite interrompida e sai pra pedalar. Fiz uns 20 km, malhei nos aparelhos da Lagoa e complementei com alguns exercícios de Yoga.
À noite, com a cabeça oxigenada, escrevi as partituras pro ensaio de amanhã e ainda arrumei um tempinho pra blogar.
Foi bom, valeu! As pedras ficaram no caminho, eu passei, passarinho.*
E o casal de sanhaços que sumira da minha varanda voltou de mansinho. Bom sinal!
Boa semana a todos.
Abraçones e beijones.
P.S. Sobre Twitter: não sou de fato um twitteiro, não costumo entrar muito lá. Não dá tempo de fazer mais isso, por essa razão não sigo quase ninguém e só escrevo e respondo de vez em quando. Agradeço a compreensão.
* Parafraseando Mario Quintana que escreveu:
Todos esses que aí estão atravancando meu caminho, eles passarão... Eu passarinho!